segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Alecrim (Rosmarinus officinalis L.) - Livro “Plantas Medicinais – Volume 2” (pág. 674-675)



1. Propriedades e indicações:
Alecrim

• Tonificante(acção mais importante) – os banhos com ou infusão ou decocção (3), e as fricções com álcool (5) ou com essência (6) de alecrim, têm um interessante efeito estimulante em caso de hipotensão ou de esgotamento físico.
• Diurético e antiespasmódico – utilizado para as cólicas renais quando se trate de expulsar os cálculos (1,2). 
• Digestivo – As suas propriedades colagogas (estimulantes de secreção biliar), de protector e regenerador hepático e carminativas (eliminadoras dos gases intestinais), tomado depois das refeições, facilita a digestão (1,2).

É reconhecido principalmente pelas suas aplicações externas:
• Vulnerário e anti-reumático – Torna-se ideal para friccionar (5,6) em entorses, edemas, dores musculares e reumáticas (com álcool de alecrim ou com a sua essência), fomentações ou compressas quentes (7) que são eficazes para relaxar a musculatura das costas e acalmar as dores da região cervical, dorsal ou lombar. 
• Cicatrizante e anti-séptico – estimula a cicatrização das feridas, úlceras da pele e eczemas (3). Aplicado em forma de gargarejos (4), cura as aftas.

2. Preparação e emprego:

• Uso Interno:
(1)-Infusão e decocção: 20-40g de folhas de alecrim por litro de água.
(2)-Essência: A dose normal é de 3-4 gotas, 3 vezes ao dia.
• Uso Externo
(3)-Banhos e lavagens com uma infusão concentrada: 80-100g por litro de água. Deixar repousar durante 20 minutos e filtrar. Pode-se aplicar directamente esta decocção sobre a zona inflamada, ou então acrescentá-la à água da banheira para tomar um banho tonificante.
(4)-Gargarejos com a infusão concentrada
(5)-Fricções com álcool de alecrim: ver a sua preparação no quadro informativo.
(6)-Fricções com essência: diluída em álcool ou azeite, à razão de 2-5ml por cada 100ml.
(7)-Fomentações e compressas quentes com a infusão concentrada, ou com a água quente a que se acrescentam 15-20 gotas de essência por litro de água.

Álcool de Alecrim
Para preparar este álcool, esmaga-se num almofariz um punhado de folhas verdes de alecrim. Depois de esmagadas, colocam-se num recipiente com tampa hermética que contenha 100-150 ml de álcool etílico. Deixar repousar durante 3 dias e depois filtrar.
Aplica-se em fricções, sobre a zona dorida, com um pano de algodão.
----------------------------------------------------------------------------------------

Cerejeira (Prunus avium L.) - Livro “Plantas Medicinais – Volume 2” (pág. 586-587)

Cerejeira

1. Propriedades e indicações:

As cerejas são um excelente alimento-remédio:
-Glícidos: açucares facilmente assimiláveis (inclusive pelos diabéticos)
-Vitaminas: carotenos em quantidade apreciável e pequenas quantidades de vitamina B e C.
-Minerais: ferro, cálcio, fósforo, enxofre, sódio e potássio conferem às cerejas propriedades remineralizantes e tonificantes do organismo.
-Ácidos naturais: actuam como estimulantes das glândulas digestivas e como depurativos do sangue.
-Fibra vegetal solúvel: contém pectina em pequena quantidade que lhes confere um efeito laxante.
-Flavonóides, que as tornam diuréticas.
-Ácido salicílico que lhes confere um certo efeito anti-inflamatório e antiartrítico.

Os pedúnculos dos frutos (pés das cerejas) constituem um dos melhores diuréticos vegetais conhecidos (2).
A cura das cerejas (à base de frutos e de tisanas de pedúnculos) é recomendada pela sua acção depurativa, pois constitui uma forma de libertar o organismo das impurezas e tonificá-lo (1). Beneficiarão:

• os obesos e pletóricos, contribui para o emagrecimento e tem propriedades que permitem atenuar a sensação de fome.
• os artríticos e gotosos, alivia as dores nas articulações e desce os níveis de ácido úrico.
• os que sofrem de inflamação das vias urinárias por cálculos urinários.
• os que sofrem de prisão de ventre crónica devida a preguiça ou atonia intestinal, visto esta ter um efeito laxante e tonificante. 

2. Preparação e emprego:

Cerejas
• Uso Interno
(1)- Cura de cerejas: Faz-se comendo como único alimento meio quilo de frutos maduros, 4 ou 5 vezes por dia, durante um ou dois dias. Se as cerejas forem bravas, recomenda-se tomar uma quantidade menor, pois contêm uma maior proporção de princípios activos. Os que sofram de debilidade gástrica ou de digestões lentas deverão comer as cerejas cozidas. Recomenda-se intercalar entre as refeições de frutos várias chávenas de tisana de pedúnculos (pés de cerejas).
(2)- Decocção de pedúnculos: Fervem-se 50g de pés de cereja (frescos ou secos) durante 5 minutos. Bebem-se várias chávenas por dia, quer isoladamente quer em combinação com uma cura de cerejas.
----------------------------------------------------------------------------------------

Medronheiro (Arbutus unedo L.) - Livro “Plantas Medicinais – Volume 2” (pág. 563)

Medronheiro
1. Propriedades e indicações:

Os frutos do medronheiro são adstringentes e não convém abusar deles (1).
As folhas e a casca são muito adstringentes e têm uma acção anti-séptica e anti-inflamatória sobre o aparelho urinário.
Usam-se para combater infecções urinárias, as cistites, os cálculos e cólicas renais, assim como em caso de diarreias e disenterias (2). 

2. Preparação e emprego:

• Uso Interno
(1)- Os frutos (medronhos) comem-se frescos, ou em doce.
(2)- Decocção com as folhas e a casca do arbusto secas, que se prepara com 30g por litro de água. Bebem-se 2 ou 3 chávenas por dia no caso de infecções urinárias, e 4 ou 5 em caso de diarreia.

3. Precauções:

Os frutos do medronheiro podem atingir um certo grau alcoólico, dado que o processo de fermentação se pode iniciar na própria árvore. Por isso, e pelo seu notável efeito adstringente, não convém comer mais do que um punhado de medronhos por dia.
----------------------------------------------------------------------------------------

Sites utilizados:







Sem comentários:

Enviar um comentário